PCS CAMPO GRANDE
Breve histórico e justificativa
Diante da preocupação da Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) com a questão socioambiental, principalmente relacionada com a geração dos resíduos sólidos urbanos e das possibilidades de recuperação de parcela destes, no ano de 2006 foram iniciadas as primeiras ações fomentando a segregação de resíduos recicláveis e destinação para empresas comercializadoras e/ou indústrias recicladoras de materiais recicláveis, propulsionando também a transformação de catadores em agentes autônomos da reciclagem.
Em 2008 foi implantado nas instituições da PMCG um projeto conhecido como "Coleta Solidária" cujo objetivo era promover a recuperação através da coleta e destinação adequada dos resíduos gerados nos próprios públicos municipais.
Tais iniciativas evoluiram nos anos subsequentes tornando a coleta seletiva de resíduos sólidos domiciliares secos (RSD Secos) um serviço público prestado no município, sendo oferecida através da modalidade porta a porta e mediante entrega voluntária em pontos específicos, a partir de 2011. Atualmente o serviço de coleta seletiva de RSD Secos é executado por empresa terceirizada e atende cerca de 30 bairros pela modalidade porta a porta, além de existirem 36 pontos específicos nos quais a coleta é executada mediante a modalidade de entrega voluntária.
Portanto, objetivando a prestação de um serviço de melhor qualidade, por meio do fortalecimento gerencial e da reorganização de procedimentos a serem adotados na operação do sistema de coleta seletiva, a PMCG através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SEMADUR) e com o apoio financeiro do Governo Federal via Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Caixa Econômica Federal, contratou empresa especializada para a elaboração do Plano de Coleta Seletiva de Campo Grande (PCS Campo Grande).
Qual o objetivo do Plano?
O PCS Campo Grande é um instrumento que objetiva planejar o manejo dos RSD Secos (recicláveis) e Úmidos (orgânicos), durante um horizonte de 20 anos, de forma a melhorar a eficiência, majorar a recuperação de materiais, potencializar a geração de emprego, renda e inclusão social, bem como promover o atendimento das premissas legais.
Por que elaborar?
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Necessidade de atualização e complementação dos Programas e Ações existentes no município;
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Baixo índices de recuperação de resíduos secos (recicláveis), embora existam iniciativas locais por parte do Poder Público;
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Inexpressivos índices de recuperação de resíduos úmidos (orgânicos);
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Insuficiência das ações de Educação Ambiental voltadas para as temáticas Manejo de Resíduos Sólidos e Consumo Sustentável;
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Deficiência na inclusão dos catadores de materiais recicláveis no sistema;
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Insuficiência na capacitação e organização dos catadores de materiais recicláveis;
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Falta de incentivo local para a indústria de reciclagem no âmbito municipal;
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Deficiência do sistema de logística reversa para alguns dos resíduos alvos da obrigatoriedade.
O que espera-se do PCS Campo Grande?
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Prestação de um serviço de melhor qualidade a partir do fortalecimento institucional e gerencial do município;
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Maior sensibilização da população para a importância do consumo sustentável e para o princípio de Redução, Reutilização e Reciclagem (3 Rs);
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Otimização dos equipamentos utilizados nos Locais de Entrega Voluntária (LEVs);
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Ampliação do serviço de coleta seletiva de resíduos domiciliares secos pela modalidade porta a porta;
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Maiores índices de recuperação de resíduos secos e úmidos;
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Proposição de um modelo de logística reversa aplicável;
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Agregar maior valor aos resíduos sólidos e propiciar a destinação final ambientalmente adequada dos rejeitos, por meio de um planejamento eficaz;
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Diminuição dos resíduos destinados ao aterro sanitário municipal e consequente ampliação de sua vida útil;
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Engajamento da sociedade nas ações propostas, despertando a corresponsabilidade socioambiental.